sábado, 24 de novembro de 2007

" ACTO LÍRICO PARA A MUDANÇA "

O manifesto

O manifesto cru e puro para uma Angola que se quer de verdadeTu, jovem estudante, trabalhador, filho dessa pátria que se quer verdadeira, não permitas que a mentira siga o seu trajecto vitorioso.Vamos todos sem medo, pedir ao nosso presidente da república que venha a público exigir de todos aqueles cujos nomes são mencionados como carrascos do 27 de Maio de 1977, a sua retratação e futuro julgamento.Não entendo porquê que o chefe de estado se recusa a reconhecer a criação de uma entidade independente com a função de apurar a verdade, como foi proposto desde 2003 pela associação 27 de Maio.
São citados regularmente os nomes de: LÚCIO LARA, PEPETELA, ORLANDO RODRIGUES, COSTA ANDRADE (NDUNDUMA), CRISTIANO ANDRÉ, MENDES DE CARVALHO, EDUARDO VELOSO, CARLOS JORGE, MANUEL DE CARVALHO, entre outros, como os prováveis responsáveis pelo triste quadro que se desenhou naquele ano. Acho fundamental que sua excelência o presidente da república o Eng.º JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, sendo a força motriz para que a nação esteja de facto unida e livre de qualquer rancor, chame esses indivíduos ao banco dos réus, isto é, sem ter em plano inferior o sistema de justiça actualmente vigente no país.Sinceramente não acredito que as eleições que se avizinham possam decorrer de forma livre e justa, se tantas famílias até a data não conseguem enterrar os seus ente – queridos com a dignidade que lhes é devida. Não estaremos com essa atitude de deixar andar a criar obstáculos para uma verdadeira democracia que tantos divulgamos? Será que esses senhores estão a espera que se lhes legitime o poder para que possam camuflar a verdade por mais algumas gerações de angolanos usurpados da sua própria dignidade?Somos nós os jovens que temos de nos insurgir, quando os jovens se calam os dentes dos mais velhos tremem de frio. Temos que fazer valer os esforços de homens como: AGOSTINHO NETO (culpado ou inocente?), JONAS SAVIMBI, HOLDEN ROBERTO, NITO ALVES, GENTIL VIANA, MÁRIO PINTO DE ANDRADE e NELITO SOARES.
Somos nós que temos de sair às ruas (proponho uma marcha) e expressar o nosso descontentamento pela falta de universidades, empregos, bibliotecas e locais de lazer. Reagir em desfavor de políticas que favorecem a degradação moral da nossa juventude, calada pelas maratonas ricas em álcool e outras drogas, impedida de sonhar com um futuro melhor. Somos nós o homem novo de quem tanto se falou, esse homem não se quer passivo, porém, não se quer armado contra os próprio irmãos, esse homem deve primar pela guerra da palavra consciente e sempre pacífica, mas capaz de criar a mudança desejável, por isso irmão de Cabinda ao Cunene, deixa de beber de garrafas e começa a beber de livros e dos ensinamentos dos mais velhos. Só com um povo instruído poderemos ser realmente livres e conduzir a nossa querida Angola a verdade que merece. Não nos iludemos com os títulos de basquete e andebol, são algo passageiro, devemos exigir algo que dure e seja certo para todos. Temos que lutar com a sabedoria e coragem que temos, divulgar o que sabemos, precisamos de um diálogo constante e verdadeiro. Só assim será possível evitar um futuro sangrento, a mentira perderá sempre, façamos que seja pela melhor via. Se permitirmos que a mentira leve avante seremos nós as vítimas (não haverá perdão), tivemos perto disso quando deflagrou o dito golpe Miala, divulgado via sms, vemos que temos um regime que não dá grande valor a vida. Por isso participa da grande marcha, convida um irmão, amigo, colega ou vizinho.... O dia da marcha pode ser escolhido por vós…cada um é um líder nesse processo.
`A dor não pode ser esquecida, pois é também um património dos povos …faça uma cópia e dê a alguém…
Revolta activa

1ª EDIÇÃO
A NOSSA FAU A nossa fau tem bué de cenas que merecem um relato esclarecedor. Este ensaio é dedicado á todos que se revêem como filhos dessa casa. A nossa fau tem alunos e alunas. Alunos que amarram bué e se dão bem, alunos que amarram bué e se dão mal. Temos os copy center (cabuladores) que se dão bem e se aldrabam mal. Temos os boqueiros, calados, grupistas, do copo, bajuladores, revus, anarquistas e caçadores. É importante falar sobre os grupistas: Bg´s e outros, são alunos que amarram entre eles, curtem entre eles, fazem intrigas contra os outros entre eles. Penso que são vítimas do estigma divisionário do país, herdado do sulafricanismo-americanismo do tempo da busca do dipandismo angolano…tenham fé manos…Angola unida sempre melhor. Falemos dos caçadores: São os tipos estereotipo gombelador que todos os anos andam única e exclusivamente atrás das pequenas com o vil propósito de afundar o martelo, segundo a sua gíria, esses não medem esforços, trajam a maneira e alguns até conseguem desviar o ruca dos velhos para por as suas malandrices a rolar. As alunas em particular são fofas, umas mais aplicadas que as outras, é verdade, porém, há entre elas um traço em comum, o milenar hábito de pôr a conversa em dia, quando não estão no bar a partir o braço de um boelo tão a procura das outras nas salas de estudo, as outras na sua vontade de estudar acabam por ser arrastadas para os corredores e começa a estupidificação, é mais ou menos assim: Xê!!! Sabes quem mi ligô? Aquele pão do ano x…e a outra para lhe fatigar diz: Aquele pão burro… eu prefiro o amigo dele redondinho tipo laranja…a outra também para lhe fatigar…aquele sem sumo, vale mais o outro alto…e a outra…aquele chouriço e chouriço pequeno, nadi!!!...e assim passam horas estupidificando-se…é de +. Na nossa fau esses alunos criaram uma associação que se renova anualmente. Em regra, concorrem três listas. A lista A dos alienados, B dos bajuladores e barulhentos e a C da crise neurótica. Ultimamente os alienados têm levado a melhor porque são os únicos que correspondem aos reais fins do sistema e sua ideologia. Em tempos um aluno marcadamente kwacha – maninho, aventurou-se à sucessão, apanhou no focinho, é pena, até tinha grandes projectos, acho que bazou pra uma privada. Este ano um prs de nome bonito quis exercitar-se a partir da base, levou dos putos, tal como provavelmente irá levar dos kotas…esses putos são putos mesmo, mas são já grandes camaradas, é o preço da democracia. Essa associação resolve bué de problemas festivos tipo já está no patamar da Casablanca (o Riquinho que se cuide) e do Bento lança-chamas do big M. Há lá figuras bué antigas da casa, mas com os cargos conseguem criar aquela afinidade com os prof´s e quiçá conseguem também um 10 a todas as cadeiras e bazam para deixar de chatear. Shame on you!!! Que vergonha!!! (para os shakespearianos leigos) … Voltarei à carga na próxima edição para vos falar da nossa secretaria, dos prof´s, dos wc´s e outras malambas da casa. Bons estudos.
Ass: o aluno

A NOSSA FAU 2ª Edição
O prometido é devido, por isso volto à carga com muita honra desempenhando o meu papel. Na nossa fau temos uma secretaria, nela prestam atendimento cerca de 5 a 6 funcionárias que por regra chamamos de tias porque esperamos ser sempre bem atendidos. É na secretaria onde fazemos a entrega dos requerimentos para obter declarações e documentos afins, para conseguirmos estes documentos não podemos maiar, há colegas com um espírito já tipo taxistas que gostam de dar mbáya nos outros e estas tias protegem estes seus sobrinhos-génitos (boas falas), renegando para segundo plano aqueles a quem se deveria dar preferência. Estes sobrinhos-génitos têm bué de jêto e dão música que bate hodiernamente na urbe a estas tias, músicas do tipo: Ai tia Maria!!! Ai tia Maria!!! Tia Mariéééé!!! (bis). Os sem parentesco ou afinidade ficam só na sua serenidade e pacatez excessiva e para me dar mais raiva na cara chamam os sobrinhos-génitos de heróis porque estes resolvem sempre as suas makas em tempo recorde. A esses pacatos alunos resta esperar um milagre diviníssimo porque não há quem os acuda nessa desgraça, mas estes não perdem o sentido de humor e comentam: por tanta demora merecíamos declarações de mora… Nessa secretaria existem fichas (outra maka mais!!!), que são o BI dos estudantes da casa. Por incrível que pareça não andam, porém, embora não tenham asas podem voar e desaparecer a qualquer altura do ano (tão a levantar mais voo que os plaines da Taag), sobretudo na época das provas orais, é um vai e vem de alunos e professores que mais parece que tamos nas badaladas noites da city a dançar a famosíssima dança da família, como é hábito na nossa sociedade a corda rebenta do lado mais fraco…alguns coitados nem corda têm…as tias ficam só bué alegres a apreciar esse momento de poder e prazer. O horário de atendimento também não se justifica, ora vejamos: As tias chegam às 8h:30 ou mesmo 9h, o mata-bicho vai até às 10h:15 o atendimento propriamente dito vai até às 11h. Elas cansadas pela demora de alguns alunos que procuram (tarefa que deveria ser desempenhada por estas), mini-pautas, mini-pautas essas que notificam que os alunos fizeram determinada cadeira e não existem impedimentos para que possam fazer as subsequentes, quando esses perdem a esperança e o tempo, as tias observam o descanso para o merecido almoço. Voltam ao trabalho às 15h, e coitadas!!! Têm de aguentar até por volta das 16h…é muito sacrifício…estas tias são verdadeiras filhas da pátria corrupta e por isso anómala em que vivemos…digo sobrevivemos. A nossa pacatez e subordinação a este tipo de comportamento tem que acabar, o direito que aprendemos não pode morrer nas salas de aula, temos o dever de denunciar tudo quanto seja irregular cá na casa, ademais, sou de opinião que só criando mudanças na nossa casa, no que é básico, poderemos estar aptos a mudar a sociedade em que vivemos, como juristas sérios como nos queremos afirmar. Devemos por agora questionar à direcção da faculdade, à associação e a todos envolvidos nesse processo: Qual o nível académico dessas funcionárias? Quem supervisiona o trabalho destas? Porquê admitimos tanta incompetência? Como cá chegou essa gente? Porquê continuam cá se o serviço que prestam não é o desejável? Cadê o tratamento personalizado e técnico que se requer ao nosso nível? Em verdade vos digo que a casa da mãe Joana fica bem longe daqui…vou lhes passar o endereço, espero que bazém ou mudem de atitude. Aí sim, vão deixar de ficar com aquela cara tipo nada. Digam que esse trabalho que tenho levado a cabo é ridículo, que nada mudará, que estou só nessa luta. Não me calarei até deixarmos de ser burros nessa hora de sermos inteligentes. Voltarei com mais alimento moral estudantil. Não foi possível abordar nessa edição os temas prof´s e wc´s como prometido, quero um trabalho sério, desculpem-me os possíveis constrangimentos. Beijos prás damas, bofas prós bros. Bons estudos. Ass: O aluno A NOSSA FAU 3ª Edição
Falemos dos prof´s. Comecemos fazendo história, pois recordar é viver. Na nossa fau temos prof´s que entendem de corridas e entendem ainda melhor de porrada. Em tempos, um tentou ´´financiar`` umas estigas na dama do outro, o outro ficou a saber das estigas postas na dama dele, lhe deu berrida lhe agarrou e os manos que viram disseram-me que naquela confusão confusa de gritar bilo!!! e pôr mais açúcar na esfrega, conseguiram de contar uma bofa, duas baçulas, três cafriques e bué de bicos. A comunicação social (privada), tentou saber do ilícito ocorrido: Quem foi a dama que lhe estigaram? Quem é que corre bué e bate ainda melhor? Quem é que lhe ´´administraram`` então a porrada? Os que viram ficaram derrepentemente com uma amnésia compulsiva e deram o visto pelo não visto, logo não pode ser dito. O próprio muadié que lhe administraram a porrada quando lhe perguntaram essas perguntas injuriosas, trocou já as conversas, disse: as coisas devem ser vistas na práaaaatica!!! Tipo tava já nas aulas financísticas dele…granda peguache!!! O jornalista privado destacado para kuribotar a verdade, lhe meteu as perguntas mais directamente: O Sr., Prof., Dr. Apanhou ou não? Foi ou não muita carga no momento? Ele na experiência dele de cágado muito velho lhe aplicou as suas famosas curvas verbalísticas e o incauto kuribota ficou assim só a prestar na atenção…o prof disse: Na práaaaatica!!! Temos de saber apanhar o que nos dão, senão não conseguimos as receitas necessárias para financiar as nossas despesas…quanto às cargas, essas são bem-vindas…isso no momento certo!!! O kuribota ficou só confuso na confusão e nem procurou mais o Prof Corredor-batedor para ouvir o outro lado da fatigação. A direcção da fau, posta ao corrente do facto, não instaurou uma sindicância, como os tempos hodiernos o exigem, violando com isso os princípios que emanam lá bem de cima…que vergonha!!! Na nossa fau temos um prof cujo uso habitual, doloso e reincidente de ´´havanitos`` em plena sala de aulas, ´´preenche o tipo`` de alunos com os pulmões afectados por comparticiparem no acto vil, torpe e fumarésco que além de típico e ilícito é também culposo. Para me dar mais raiva na cara, ficamos só a rir dessa atitude e não contestamos a ´´negligência`` da direcção da fau e da associação que deixam o acto consumar-se até o último havanito destruir o último pulmão que fica fraco e chumba tal como os alunos, porque no final do ano esse prof tem o ´´domínio do facto`` e contra factos não há argumentos. O artº tal do cp dispõe nas suas linhas e inter linhas o seguinte: é proibido acender em sala de aulas qualquer tipo de palha com o vil, torpe e fumarésco propósito de prejudicar outrem…pena aplicável: caixão de mais breve. Na nossa fau temos um prof bué realista que gosta de mexer nas ´´coisas`` dos alunos e das alunas também. Esse prof por ser jumento buluzento, gosta de chamar também os alunos por nomes animalescos. Por serem a sua imagem e semelhança, prefere chamar-lhes de burros, assim poupa os neurónios que já não abundam e fica todo mundo chará de todo mundo e o grupo torna-se numa universalidade de tolos realistas. Tem ainda esse prof agora Dr. Jumento buluzento, o péssimo hábito de achar os seus assistentes fungíveis, dar aulas cochito, dar o ensinado pelo não ensinado e como regra da casa chumba bué desses burros agora tolos realistas que também adoram mexer nas coisas tal como o mestre. Dizem que essa besta gosta de cana, cana que não é de açúcar. Na nossa fau temos os prof´s turbantú, são realmente de grupo só pelos nomes: Ai de vocês, Promete e dá, Foragildo e Com ou sem fronteira. Esses prof´s fazem bué de alarido tipo tão já num show na cidadela dos povistas a mandar bifes prós Lambas e afins kudurísticos. Ninguém que lhes aguenta na organização da desordem. Um ecopol de nome Letrosny tentou competir, não sei se era kwacha-maninho mas também apanhou no focinho, esses prof´s usam técnicas internacionais para espantar a opinião pública. O reinado deles está por um fio, dois deles que outrora eram grandas comadres já não se cheiram porque um deu mbáya no outro nessas corridas do dirigismo académico da fau. Na nossa fau temos o prof carrasco da (s) costa (s) grandes. Por ser super ocupado, dá aulas bué atrapiques, leva às provas a conhecer novos cantos do mundo e muito, mas muito tempo depois volta, publica as pautas em regra sangrentas e nas orais só diz: ai eh? Eu ensinei isso assim? Ai eh? Fica assim repetitivo nessas repetições parvónicas tipo cd pirata e riscado. Como não podia deixar de ser, chumba bué de alunos desprocessados e isso faz com que a cadeira se torne das mais concorridas. Ouvi por alto que lhe deram berrida…tomara…chô Satanás (palmas pra nós). Na nossa fau há também prof´s porreiros, eu muito particularmente tenho os meus eleitos (se regista pra poderes votáaaaa), são eles: Bonito que ousa, Mãe Dina, Ana gostozinha e Grandes Ramos. Quando me lembro das aulas desses prof´s me dá vontade de debitar o som do puto Pedrito do Bié (canta quem sabe) …professoraaa!!! Professoraaa!!! Tá mbora dá vontadi di istudari!!! Ai!!! Ai!!! Ai!!! Para os manos que são obrigados a suportar um puto que não tem relógio e gosta de falar de um tal de BGB, é só coragem. Voltarei, beijos, abraços e bofas também.
Ass: O aluno
A NOSSA FAU 4ª Edição
Na nossa fau temos wc´s. Nestes os alunos e as alunas desanuviam-se dos líquidos do corpo e também de sólidos. As condições não são das melhores, falta água dia sim – dia sim, acho que a fau não é directamente abastecida pela EPAL (empresa privadora de água aos angolanos) que faz assim oposição aos alunos nas suas horas mais aflitas, mas estes não se fazem rogar por este condicionalismo (que é regra nos bairros) e descarregam-se ali mesmo para evitar que seja em plena sala de aulas. Além da falta de água, temos problemas com o parco número de urinóis em funcionamento por wc, chegamos a ter ‘’ bichas’’ nessas horas comuns de aflição, uns armados de mais necessitados, abrem a porta desavisadamente e descobrem os outros neste acto que se quer naturalmente íntimo. Mas há alunos e alunas que não ajudam e para quebrar a monotonia de fazer ‘’ coisas menores’’ fazem já ‘’ coisas maiores’’ realçando maior criatividade, apesar de saberem da falta de água (acho que deveríamos começar a usar petróleo, já que resolve a maioria dos nossos problemas), é assim, que os infelizes que substituem esses artistas no acto, são presenteados, com ‘’ MINAS’’: minas anti-aluno; anti-tanque e outras… valha-nos Deus! Que cheiretes ganham os nossos corredores e até mesmo as salas mais próximas…mas mesmo assim aparece sempre alguém que vai ao wc ‘’ sentar um bloco’’ (para não dizer cagar). Este acto, não é exclusivo dos rapazes, já vi e ouvi uma cena triste entre uma aluna e uma funcionária da empresa de limpeza. A funcionária que detectou a mina posta pela aluna que ‘’dava a tirosa’’ antes da deflagração, lhe chamou e disse no seu linguajar: vocêêê minina bem bunita, qui já és dotora, ficas anssim bem porca? Num tens ver’gonha, sua sujasuja? Si num limpas na tua casa num suja o que os outros limpam, ouvistis? Sukua!!! E a dita cuja porca na vergonha dela dos outros lhe olharem e criticarem, puxou umas lágrimas, lágrimas que não serviram para limpar a porcaria já feita e nem a imagem (antes nos corredores lhe chamavam colega zuda, agora chamam-lhe de sujasuja).
Mas na nossa igualdade humana somos sempre desiguais, temos wc´s exclusivos, acredito que nestes há jornais e revistas actualizadas e até bidões de reserva de água como fazemos no kubico. Assim não são os felizes contemplados obrigados à observar a porcaria a superfície e essa recebe o digno adeus, afinal, se cão de ministro é ministro, cocó de doutor é doutor!!! Eu pergunto, o Sr. Dr. Zé Vandinho e seus vices não conseguem ver que isto está mal? Ou não querem ao menos cheirar os corredores que utilizam? É a vergonha total! Recebemos na casa várias figuras ilustres e essas na pressa de se aliviar, utilizam os wc´s dos alunos (povo) e em regra observam com desdém esse triste quadro e comentam entre si: que vergonha! Parece um curral, já vi currais melhores, ensinam suínos aqui? Suinojuristas… ha ha ha…que vergonha! Será que a FDUAN não recebe o bolo do OGE como as outras unidades? Se recebe, qual a fatia? Quem come? Porquê come? Com quem come? Do que sobra, não chega para pagar um camião cisterna para termos o tanque sempre cheio? Comprar umas pias no roque? Fazer a manutenção dos urinóis e afins? Enfim, estamos relegados à me…me…me...mescla da porcaria (desculpem-me, é que eu quando fico nervoso escrevo gaguejo). É urgente resolver o problema da água, senão será o reinado da catinga já que estamos no verão. < <>> < <>> Desculpem-me estragar a surpresa, o nosso POSTO MÉDICO, já começou a ser construído, logo aqui, no terreno do Gika, já não correremos o risco de perder alguém em combate, como aconteceu anos atrás numa privada, a inauguração será no ano x, mês y e no dia d, já não era sem tempo (não, não é utopia), beijos, abraços, bons estudos.
Ass: o aluno
Todos os direitos e deveres reservados
A NOSSA FAU 5ª EDIÇÃO
Na nossa fau temos um sistema de avaliação sui geniris, isto porquê, porque vai contra o regulamento da reitoria da UAN que tem um plano geral, plano este que é cumprido pelas outras unidades orgânicas (é caso para dizer que estamos fora da Teta e além Teta). Poderão alguns, aqueles saudosistas e arcaicos argumentar que a FDUAN já vem a utilizar esse sistema a largos anos. Meus senhores e minhas senhoras, nem tudo que é antigo é o melhor, p.ex: o ministro da educação apesar de ser antigo no cargo é um líder medíocre cientifica, técnica e politicamente falando. Temos que ponderar: A quem é dirigido o sistema? Quais as reais condições de aplicação? Será que permite o aproveitamento desejável? Sabemos que a FDUAN possui autonomia administrativa, financeira e científica, porém, como justificar o não cumprimento do regulamento da UAN no que concerne a avaliação, isto nos termos do art 44º nº 3 do citado regulamento? Será que os prof´s têm sido regularmente avaliados? Qual o papel de um prof assistente, podem estes realizar exames orais, dirigir aulas práticas, têm a experiência adequada para tal? Particularmente considero este sistema de prova única injusto, pelo número de cadeiras, grau de complexidade das mesmas e ainda pela forma célere com que voamos pelos manuais (escritos em português e muitos já em desuso até para alentejanos) para que possamos cumprir o programa estabelecido com rigor e por alguém pouco rigoroso de raciocínio. Muitos dos prof´s admitem que os programas das universidades privadas em que fazem escala são de longe mais leves. A avaliação é feita de forma regular, ou seja, têm tido provas parcelares o que lhes dá a possibilidade de criar uma média e mais importante, terem um maior domínio sobre a matéria leccionada (até aqueles que são afectados pelo vírus do malê burro safam-se, porque têm o recurso do recurso). Quero com isso dizer que somos sujeitos a esforços titânicos de aprendizagem e memorização anual o que em regra tende para o fracasso. Não fiquemos com a ilusão de que seremos ad eternum os melhores e da melhor casa do ensino do direito do país se cá as coisas continuarem tão tortas. Houve meses atrás uma competição a nível continental, na qual o nosso país foi representado pela UCAN, ULA e UAN-FDUAN, pelo que tive conhecimento, nós (FDUAN) não recebemos prémio algum, apesar das várias categorias em causa. Os nossos irmãos (aqueles a quem em regra chamamos de mauricinhos e patricinhas) destacaram-se como equipa fair play e um melhor orador respectivamente. Levamos uma porrada jurídica. Houve pouca divulgação nos meios de comunicação e a nível interno pouco se falou, apesar de lá termos sido representados pelo vice-decano para os assuntos académicos e pelo secretário-geral da associação, essa que (espantem-se) tem um órgão que recebe verbas para editar jornais com uma certa periodicidade (verdade ou mentira?), será este de natureza nefelibâtica!? Outro problema que temos que exigir que seja resolvido é o que se prende ao espaço temporal que se leva entre a realização das provas e a publicação dos resultados. Por essa demora, temos cadeiras semestrais que passam a anuais e anuais que passam a bianuais, e quem paga (?), o aluno, é claro! O regulamento vigente vem claramente dispor quem pode ou não estar inscrito em determinado ano e o aluno que for apanhado nessas pendências é impedido de avançar, ou seja, fica estagnado a espera que o prof que deve corrigir a prova tenha um tempinho para cumprir com a obrigação. Prof´s há que não vêem isto como sendo uma obrigação por acharem que cá o ensino é gratuito pelo facto de ser público, não é bem assim, o facto de ser público significa que o Estado abre a bolsa e larga o kumbu, até da China, logo, ninguém está aqui de graça, acho que ganham por volta de 1200 usd´s (?). Usam ainda como argumento o facto de o número de alunos ser elevado o que torna impossível corrigir as provas atempadamente. Casos há em que o fazem em tempo recorde, porque sofrem certa pressão e não querem dar notas administrativas a ninguém. Lembro-me de isto ter acontecido no ano passado, a prova foi realizada no sábado e os resultados vieram a público segunda-feira, dizem que até prof´s de outras cadeiras participaram na correcção que foi sem dúvidas arbitrária e pouco rigorosa, (grandes amigos se tornam quando o alvo a abater se chama aluno). Se os prof´s acham que são mal pagos há o SINPROF (Sindicato impávido nacional de professores), onde devem apresentar as devidas queixas e não descarregarem a sua frustração sobre os alunos que já sofrem demais com as práticas deste sistema governamental que os vê como órfãos que deste país que se diz rico (e o é em potência) nada merecem. Aviso: o tempo está a fechar-se, mataram o Dr. Mfulupinga, prenderam os kotas Mia lá e o Engraçado dos Campos, o próximo será o David Mendesrevu, por bocar bué… Assim estamos realmente sempre a subir, levamos a vida a sorrir e está tudo numa blue…porque será que não bebemos todos o mesmo leite das tetas do Teta? Eh! Angolanos tão a me fazer choraaa assim!? Que vergonha… Ass: o aluno
A NOSSA FAU 6ª EDIÇÃO
Na nossa fau temos uma biblioteca, ou melhor, uma sala com livros. Nessa os alunos procuram aprofundar os seus conhecimentos. Na ânsia de o fazer têm se deparado com dificuldades que emputecem quem quer que seja. As dificuldades começam logo a entrada em que se lhes exige a apresentação de um documento da casa passado pela associação. Por outro lado, sabendo da inexistência ou insuficiência de livros, estes alunos levam consigo os seus manuais, mas são barrados pelas tias que dizem estar apenas a cumprir o disposto no regulamento. Embora seja verdade, sou de opinião que tais disposições só deveriam ser aplicadas se os livros que são requeridos estivessem a disposição o que em regra não acontece. O próprio atendimento das tias também não nos cuia. Pede-se um livro e elas dizem sem pestanejar: o livro não está, furtaram, doutor levou, um teu colega está a usar. Eu estupefacto pergunto: foi aonde? A direcção foi informada do furto? Alguém foi responsabilizado? Quando é que teremos outra cópia a disposição? Doutor levou pra China, Dubai ou pra cidade alta? Um colega está a utilizar? Oh! Só há uma cópia pra o nº de alunos que temos por cadeira? Eu que preciso de boockar, fico como?! As tias quando se dão ao trabalho de procurar, voltam e dizem: encontrei! O aluno fica já alegre, mas a tia pra lhe dar mais raiva, corrige-se: encontrei nu estava!...Os que passam por essas fases lá conseguem entrar, mas quando tentam concentrar-se as tias começam a pôr as conversas em dia. Em regra os temas fazem referência às makas da banda: o filho da fulana lhe mataram na cadeia, a sicrana lhe partiram a casa no K pinhas, a tipa andam lha corniar ou o fdp uá kamba ó sónhi…Nessa sala com livros há diariamente uma famosa corrida, a corrida ao JA. Como regra também só há um a disposição para o nº de alunos ávidos de informação e não adianta perguntar pelos semanários privados que cá são tidos como malditos porque levam os alunos à pensar que temos governantes corruptos que as leis só se aplicam aos fracos e que a classe política anda acomodada ao poder. Por isso é que só há o JA, para que todos saibam que o país é um mar-de-rosas. Eu não me mato nessa corrida, chego e ligo os computadores que por obra da direcção dão-me acesso à Internet, graças a ela sou um cidadão do mundo, muito bem informado. Se a direcção da FDUAN mandou instalar tal serviço é para usar, e eu uso e abuso. Há alunos cujo comportamento não é dos melhores porque desconhecem um princípio básico: os livros são propriedade da BFDUAN, isso significa dizer que após cada consulta estes devem ser devolvidos as estantes e não levados pró kubico, doa à quem doer. Esses factores barréscos, verburréscos e livrofurtéscos levam a que tenhamos uma biblioteca da M, deve ser por isso que só se admitem internos, porque já estamos acomodados à M, M de wc´s, M de secretaria e muitas outras M´S. Convivemos com tanta M por causa da nossa passividade excessiva (vulgo burrice). Postos cá, no 1º ano reparamos que algo não está bem, no 2º achamos que nos faltam argumentos, no 3º compreendemos que é peremptório mudar algo, no 4º questionamo-nos se vale a pena arriscar tanto, no 5º já era, sô Sr. Doutor, sandinga!!! e assim levamos o nosso tempo aqui, sem intervir, discutir, procurar soluções viáveis e sustentáveis, enfim, não tomamos MEDIDAS ACTIVAS. Por essas e outras nuances, temos no país bué de doutores da(o) big M que não enxergam um palmo da miséria em que sobrevivemos. Lavaram-lhes a mente é deprimente, será pedir muito algo diferente? Oh! Tava a falar da?..…ah! Ok.ok. Essa sala com livros sofre concorrência desleal das salas de estudo, digo, da sala de estudo. Sim, *agora há apenas uma a disposição, gostaria de saber quem foi o jumento que deu ordens para se fechar as outras que eram utilizadas. Não consegue ver que é muita gente para poucas salas? Se se fecham algumas portas outras devem ser necessariamente abertas, isso é básico ya mô juju. É por isso que já temos uma nova classe de alunos. Os OCUPISTAS, esses terroristas internos, operam através das suas células e têm um modus operandi simples: combinam com um camba e esse coloca num determinado lugar um livro, mochila, bolsa ou outra prova material de ocupismo e depois é só esperar que uma, duas ou três horas depois o outro terrorista chegue, até lá já muita gente ficou sem lugar. Esse comportamento é estupefacético a todos os níveis. Além desse comportamento rural, destacam-se outros do tipo: conversas altas e gargalhadas de orelha a orelha e andam de um lado pró outro feitos zungueiras em dias de tiba. Claro que temos também os telelés, uns top de gama, outros nem tanto, os top de gama fazem cópias, lavam, passam e até já tiram um cafezinho. Esses telelés tocam em plena sala e lá são atendidos: tô xim! Oi mori! Tax ondi? Quê ti vê, mi précura ya! Tô aki nxima! Bêjo, tô estudá…outros tentam ser educados e dizem: só 1 minuto, 1 minuto. Não sabem que já fizeram com que os outros perdessem uma eternidade de concentração. As refeições são feitas no mesmo local, dorme-se um pouco e depois é só sair voado e o lixo que se lixe. Porquê tantas salas fechadas? Será conveniente manter os alunos no bar a consumir e a consumirem-se em conversas de 0 a 0 em que vence quem diga mais asnices? Que tal arrombarmos umas portas? Vou boockar na sala do Zé que tem AC e é deveras calma. Conselhos úteis:* vamos respeitar o trabalho dos jovens da limpeza. Nada justifica que se coma nas salas e se deixe lá o lixo. Sentar um bloco e não puxar o autoclismo, passar o papel entre as nádegas e não sermos capazes de coloca-lo no balde ao lado. Beijos, abraços. Bons estudos. Ass: o aluno



A NOSSA FAU – 7ª edição
Nos tempos do Yala Zé
Havia numa bela terra um reino, cujo rei se chamava Yala Zé. Como tantos outros esse tinha uma estrutura organizativa: 1º o rei 2º dois mestres, mestre André & mestre Rau coruja 3º os curandeiros que tinham a missão de instruir o povo que era a base da comunidade. Yala Zé era um rei que não queria dar ouvidos ao povo. O povo ficava triste e sofria porque se lembrava de o rei ter dito, no dia em que subiu ao trono, que aquele seria o reino do diálogo. Ledo engano. O povo ia pra lavra durante o ano todo e o rei insistia que os frutos fossem colhidos só no fim do ano o que tornava o tributo muito pesado e o povo cansado. Os mestres, conselheiros do rei, embora soubessem dos problemas pelo que passava o povo, nada faziam de útil para que se mudassem as coisas. Esses mestres visitavam outros reinos com frequência e nada de novo revelavam, nada aprendiam, nada transmitiam. Começaram a surgir vozes de descontentamento entre a população e mesmo entre os curandeiros mais avisados. O rei quando não ameaçava expulsava estes dissidentes. Na sua conhecida matreirice o rei sabia que tinha que dividir o povo para melhor reinar. Criou uma comissão de Mabecos com a função de espiar e a ele relatar todos os actos de cariz dissidente. Como se não bastasse, para manter o controle criou entre eles os bobos da corte que tinham como tarefa realizar fogueiras e bailes falados regularmente regados de katembé e outros analgésicos que atordoam a mente. Esse povo gostava de dançar e depois de tanta dança rolava a promiscuidade ali mesmo no capim alto, muitos adoravam a ocasião porque era com isso que conseguiam a primeira que…que…querela com à sua amada do momento. Os curandeiros ficavam tristes ao lembrar do seu tempo em que os jovens honravam os mais velhos pela procura do saber, porém, dai não passavam porque também eles não tinham coragem suficiente para abrir a boca para criticar o rei que de certa forma os tinha acomodado. O reino ia se degradando a olhos vistos. As cubatas estavam cada vez mais sujas, faltava água e por isso a higiene deixava muito a desejar, moralmente poucos se mantinham sóbrios, incorruptíveis e corajosos o suficiente para contestar de forma viril. Então um dia surgiu um sábio. Vinha de muito longe. Visitara vários reinos mas dissera-se surpreso por que nunca tivera conhecido um rei tão fechado e vaidoso que não comungava os problemas do seu povo, porém, nunca vira povo tão passivo. Esse sábio na sua humildade à todos recebia com palavras encorajadoras: calma cassule! Coragem cassule!...todos passaram a rever-se mais na imagem do sábio que à todos queria bem. Como a história já demonstrou, num reino só pode existir um rei. O próprio rei alertou os seus mabecos de que o povo andava agitado desde que chegara o sábio, sendo peremptório expulsá-lo dali o quanto antes. Passando ele a aparecer de quando em vez ao povo, mas nada de especial dizia nas suas tertúlias de charme. Pouco fazia, nada mudava. Com a partida do sábio muitos perderam a esperança de ficar e com ele partiram para outros reinos. O reino perdeu homens capazes para prover a sua defesa e tombou a primeira investida dum reino inimigo. O sábio e seus discípulos tiveram notícia da tragédia e oraram aos ancestrais que lhes dessem a graça de nunca mais se permitir, naquela bela terra, um rei tão vaidoso e inepto e um povo tão passivo. O sábio disse aos céus, ter atingido o zero, porém, nunca renunciaria ao seu direito de ser livre e dizer com toda certeza…livre afinal…livre afinal.
Moral da estória: A mudança começa com o homem. O medo tem o fracasso por melhor amigo.
Viva a liberdade de expressão!!!!